domingo, 17 de março de 2013

Persépolis




Primeiro livro em quadrinhos que li e acho que comecei bem.

Persépolis é lindo. O livro é a narrativa autobiografia de Marjane Satrapi. Uma iraniana que viveu no período da revolução islâmica em 1979. De família moderna e politizada, aos 10 anos se vê obrigada ao usar véu para ir ao colégio. Essa era só uma das mudanças que Marji sofreria. A autora traça sua própria história com a do seu país. 

Quando criança deseja ser a próxima profeta, consegue achar semelhanças entre Deus e Marx. Satrapi apresenta uma perspectiva interessante da sua própria cultura, como conviveu com as perdas e restrições. Como ser mulher num local predominantemente machista.

O período que mais gostei é o que ela passa na Áustria durante a adolescência. Onde precisa se estabelecer como uma iraniana que sofreu com a guerra, mas que também enfrenta todos os problemas comuns da idade. 

O livro foi escrito em quatro volumes que a Companhia da Letras compilou em um único. 

A história é contada de forma envolvente, divertida e bem humorada. As cenas e o desenho são simples todo em preto e branco. Eu gostei muito dessa experiência. E gostaria de encontrar outras histórias tão apaixonantes como a da Marjane Satrapi.